Palestra destaca importância de apurar casos de abuso sexual no ambiente de trabalho
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Palestra destaca importância de apurar casos de abuso sexual no ambiente de trabalho

Aproximadamente 78% das mulheres não denunciam o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho porque acreditam que nada será feito para apurar o caso; 64% das mulheres têm medo da exposição diante dos colegas de trabalho e da família; e 60% das mulheres não denunciam porque acham que as pessoas não irão acreditar em sua fala. Estes dados foram apresentados, na noite de segunda-feira (15/8), na Ajorpeme, pela mestra em Direito e advogada Anaruez Mathies, na presença de integrantes da diretoria da entidade e convidados.


Este evento, alusivo às comemorações do Agosto Lilás, tem o objetivo de conscientizar sobre o fim da violência contra a mulher. A palestra contou com apoio da Prefeitura de Joinville e do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.



PALESTRA ESTÁ DISPONÍVEL NO CANAL DA AJORPEME NO YOUTUBE: https://www.youtube.com/watch?v=TNpqZbXwcaE


“Falar sobre este assunto sobre assédio nas empresas, não é nada comum. Ainda é um tabu no meio corporativo. Muito pouco se fala em assédio moral e sexual e, por isso, precisamos falar mais sobre isso!”, destaca advogada Anaruez Mathies.


Um dado interessante destacado pela advogada revelou que 15% das pessoas que presenciaram o assédio, auxiliaram a vítima, de acordo com a pesquisa da Think Eva, uma consultoria de inovação social. Outros 10% não fizeram nada quando observaram a cena de abuso. E, ainda, 4,3% comunicaram o setor de Recursos Humanos.


“Sabemos que é muito difícil para uma mulher denunciar. De outro lado, é necessário ter uma equipe preparada pelas instituições e órgãos públicos para receber esta denúncia e dar encaminhamento a esta situação constrangedora”, explica Anaruez.


O presidente da Ajorpeme, Jonas Tilp, salienta que este tipo de assunto é muito importante e deve ser destacada e divulgada. “Quando mais divulgamos, mas conscientização teremos. Nós queremos construir uma sociedade cada vez mais igualitária”, frisa Tilp.


A vice-prefeita Rejane Gambin salientou é preciso falar sobre esta situação e também engajar esta pessoa para fazer a denúncia. “Este assédio vai corroendo a mulher e acabando com sua autoestima da e, assim, minando suas competências, seja em casa ou no trabalho. Temos que trabalhar o empoderamento feminino. Contem conosco sempre da administração”, informa Rejane.


O presidente do Instituto Ajorpeme, Jacson Verchai, colocou a entidade à disposição como ponto de apoio no que for necessário. “Importante que o micro, pequeno e médio empresário e MEI entenda e possa levar estas informações para o núcleo corporativo”, informa.


Também participaram do encontro a diretora executiva da Secretaria de Assistência Social de Joinville, Neide Mary C. Solon; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Palova Santos Balzer; a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres e Direitos Humanos da Secretaria de Assistência Social, Deise Gomes. A transmissão no canal do Youtube foi feita pela Ocotéia Filmes, de Joinville.


Os dados constam na plataforma “Violência contra as Mulheres em Dados, site que reúne pesquisas, fontes e sínteses sobre o problema no Brasil. Além disso, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que, no ano passado, os registros de estupro de mulheres e meninas chegaram a 56.098 casos em todo o Brasil. De acordo com dados da violência contra a mulher no Brasil, cerca de 30 mulheres sofrem agressão física por hora. Uma menina ou mulher é estuprada a cada 10 minutos no país. A cada dia, três mulheres são vítimas de feminicídio. A cada dois dias, uma travesti ou mulher trans é assassinada.









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