Seis candidatos ao Senado participaram do painel organizado pelo Conselho das Entidades Empresariais de Joinville no dia 20 de setembro, na Ajorpeme: Celso Maldaner (MDB), Dário Berger (PSB), Jorge Seif (PL), Kennedy Nunes (PTB) e Luiz Barbosa (Novo).
O primeiro suplente de Raimundo Colombo (PSD), Ivandro de Souza (União Brasil), representou o ex-senador.
O Conselho convidou os oito candidatos com maior representatividade do Congresso Nacional (cláusula de barreira).
Cada uma das seis perguntas formuladas pelos presidentes Jonas Tilp (Ajorpeme), José Manoel Ramos (CDL Joinville), José Haveroth (Acomac) e Maria Regina Alves (Acij) foram respondidas pelos presentes em até 2 minutos.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Como pretende contribuir para melhorar a infraestrutura viária no Estado? Se eleito, quais serão suas ações para trazer mais investimentos para as BRs 101 e 280 na região Norte do Estado?
Celso Maldaner: A minha bandeira número 1 é Santa Catarina em primeiro lugar. Eu não sou candidato ao Senado, seja A ou B o presidente da República. Eu sou do desenvolvimento. Defendo as agroindústrias, defendo o agronegócio e o cooperativismo. Respondendo especialmente essa pergunta, eu quero dizer que já tem um estudo, um projeto de viabilidade por parte do governo do Estado, de fazer uma rodovia de Garuva até Florianópolis, paralelo a BR-101. Só quadruplicar a BR-101 não é a solução, porque depende de muitos recursos a exemplo do que o governo do estado já adiantou R$ 465 milhões para as obras federais. Mas tem que ser um senador independente que se tiver que derrubar o veto, por exemplo, para compensar o que o estado investe nas obras federais, nós temos que compensar nas dívidas que nós temos com a União, a exemplo do que foi vetado agora para compensar esses R$ 465 milhões. Nós vamos brigar muito aqui pelo Contorno Ferroviário de Joinville. Eu sou o deputado que mais trouxe recursos para Santa Catarina em 16 anos, mais de R$ 1 bilhão. E para Joinville destinamos R$ 3 bilhões.
Dário Berger: A infraestrutura é essencial para o desenvolvimento do país. E esse momento para mim é muito importante, porque me permite, de certa forma, fazer uma prestação de contas do que eu fiz como senador. Eu fui o senador que mais trouxe recursos para a Santa Catarina. Sou o senador que ocupou nas últimas décadas as mais importantes e relevantes funções do Senado Federal. Fui presidente da Comissão de Orçamento. Fui presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte e sou o presidente da Comissão de Infraestrutura. Como o presidente da Comissão de Orçamento trouxe mais de R$ 1,2 bilhões. Só para infraestrutura, foram R$ 575 milhões de reais. Para a BR-280 foi R$ 122 milhões, para a BR-470 foram R$ 145 milhões, para a 282 R$ 80 milhões, para a 163 R$ 50 milhões, para a 285 R$ 62 milhões. Para 282, que liga São José a Florianópolis (aquela terceira pista que liga a Via Expressa) foram R$ 36 milhões, foram R$ 20 milhões para a Serra do Rio do Rastro e R$ 157 milhões para a manutenção das estradas federais mais. Nunca um senador fez tanto em tão pouco tempo como eu. Se as obras não pararam, foi exatamente porque quando eu fui presidente da Comissão disso de Infraestrutura elas acabaram tendo continuidade.
Jorge Seif: Eu tenho rodado todo o estado de Santa Catarina para ouvir as demandas de cada região. Hoje o que mais preocupa, seja o setor de turismo, de serviços ou do agronegócio, é a nossa infraestrutura. Nossa infraestrutura está muito aquém da necessidade e do crescimento que o Estado de Santa Catarina tem. Nós temos em algumas regiões com crescimento superior à da China. Nós somos um estado que é modelo. No entanto, temos problemas históricos de falta de olhar do serviço público. Posso ressaltar que todas as BRs administradas pelo governo federal, obviamente, sob a gestão do ministro da Infraestrutura é Tarcísio (de Freitas) receberam muito investimentos. Por exemplo, a 470. Dos 72 km, nós completamos praticamente 35 a 40 km e até o próximo ano terminaremos essa primeira parte de 72 km. Mas 153, 280, 282 e a própria 101 já não dão vazão à nossa necessidade, especialmente o agronegócio. O presidente Bolsonaro, através de uma gestão com seus ministros técnicos, tem entregue obras que estavam parados há 50 ou 60 anos. Tivemos problemas com a pandemia, com falta de orçamento, com o teto de gastos. Foi o primeiro governo que enfrentou o problema de teto de gastos, mas com certeza, com uma coalizão da base, dentro do dos parlamentares catarinenses, junto com é o Ministério da Infraestrutura e com todo com a relação, intimidade, respeito que eu adquiri nesses 3 anos enquanto secretário da Pesca, eu tenho certeza que faremos grandes obras em Santa Catarina ouvindo a demanda dos setores.
Kennedy Nunes: Eu quero dar as boas-vindas aos candidatos aqui a minha terra, minha cidade, ao qual eu enterrei o meu umbigo, aqui em Joinville. Sobre o tema, além do combate duro que nós vamos fazer com relação aos abusos do STF, um deles mandando prender o telefone do meu amigo Luciano (Hang) da Havan. Aliás, o STJ não aceita prova de prints de WhatsApp para tráfico de drogas, mas serve para aprender, como disse os velhinhos, os empresários por conta do que estavam lá comentando. Então, além desse embate duro, o mesmo embate eu vou fazer para conseguir trazer obras para cá. Eu não vou ser um senador de selfie. Vou ser um senador de bater na mesa, de exigir. Eu e o (deputado Sargento) Lima aprovamos dinheiro para colocar na 153 na 470 e aqui na 280. Dinheiro que no governo Amim isso foi feito. Várias obras foram feitas relacionadas a isso e depois descontaram a dívida do estado com o governo. Não é possível. Eu votei, eu lembro, o Lima estava aqui. Eu votei porque eu digo o seguinte, não existe imposto municipal, federal ou estadual, existe imposto e pronto. É o seu Zé que paga o imposto. Ele não quer saber se é do município, ele quer a obra feita, ele quer a questão resolvida. Vocês não conhecem, o Ivandro (de Souza) conhece. Vocês não sabem o que nós passamos para chegar na praia em São Francisco do Sul ou voltar. Um trecho que seria de 40 minutos eu já levei 6 horas para fazer. Essa é uma questão muito dura. E a Serra Dona Francisca, meu Deus do céu. Totalmente abandonada por culpa do governo atual. Então nós precisamos gente dura lá para cobrar as questões. Vocês me conhecem por causa desta coragem.
Luiz Barboza: Eu sou Luiz Barbosa e me sinto muito à vontade nesta entidade criadora de riquezas. Porque aqui é que o Brasil realmente se forma, não é? O meu partido, que é o partido Novo, ele luta pela liberdade com responsabilidade, luta pelo livre mercado, pelo indivíduo como gerador de riquezas. Enfim, muito a tom do que essas entidades aqui fazem no seu dia a dia, não é? O que eu tenho a dizer em relação a infraestrutura do estado de Santa Catarina é que ela é assassina. Porque a cada 10 anos R$ 21 bilhões de prejuízos acontecem por falta de infraestrutura. Nós herdamos dos governos, que passaram uma herança muito complicada, muito maldita. Então, o que nós temos que fazer é urgentemente viabilizar, que aconteçam as coisas, não é? Duplicação da BR-101? Sim, tem que fazer há muito tempo. Esses contornos viários acontecem por aí de forma atrasada e quando eles ficam prontos já são obsoletos. Não é assim que se resolvem problemas. Está faltando o político com visão de longo prazo, não olhando para o passado, dizendo o que fez ou o que lutou, mas políticos que arregacem as mangas e façam o Brasil acontecer. Ausência de ferrovias é um absurdo, não é? Toda a estrutura, a produção do Oeste não chega nos portos. Nossos 2 grandes portos não têm ferrovia a sua disposição. Então temos que acabar com essa mortandade. Essa é a minha posição.
Ivandro de Souza (suplente de Raimundo Colombo): Eu sou Ivandro de Souza, eu sou o primeiro suplente do senador Raimundo Colombo e quero dizer a todos que para mim tem sido uma honra, um orgulho a caminhada ao lado do senador. Enquanto eu estava aqui, ouvindo os demais candidatos, eu estava exatamente reafirmando na minha mente o propósito de estar nessa suplência. Primeiro, quero dizer que essa suplência não é do Ivandro. Esta suplência é de Joinville. É por todos nós. E é justamente para a gente estar discutindo esses temas e trazendo os recursos aqui para a nossa cidade. Eu queria inclusive explicar isso para vocês, o porquê que eu estou na suplência. Todos vocês sabem que fui candidato a perfeito. Quis o destino que o Adriano (Silva) ganhasse a eleição e que nós agora estamos nessa condição para ajudar a nossa cidade, a nossa região, a fazer as obras que Joinville precisa. Eu estou muito confiante na eleição do Raimundo Colombo, porque vai ser uma voz forte, uma voz experiente, foi governador 2 vezes, foi senador. Chegando ao Senado a gente vai trazer esses recursos para cá. Não somente a questão da 280 e também da 101, mas como citou aqui a presidente (da Acij) a Serra Dona Francisca que estava sem iluminação, com pavimentação completamente precária e foi ontem que aconteceu aquele acidente com 51 mortes e ninguém fez nada. Até parece que não foi em Joinville, dentro da nossa cidade, que aconteceu isso. Mas ainda falando em infraestrutura, nós precisamos também cuidar da educação, onde a gente tem ali, na Curva do Arroz, na 101, um esqueleto de uma universidade parada, que lamentavelmente para nós é uma vergonha. Então eu quero lutar não somente pela candidatura, mas também por essas obras aqui para Joinville.
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A PEC 32, conhecida como reforma administrativa, muda as regras para os funcionários públicos. Em caso de vitória nas urnas, apoiará a reforma administrativa? Justifique a sua posição.
Celso Maldaner: Só complementando anteriormente que a minha maior bandeira será infraestrutura, porque eu sou um senador de mãos limpas, ficha limpa e vou brigar muito, colocando Santa Catarina acima de qualquer questão. Sobre a reforma administrativa, existe um abismo muito grande entre o funcionário público e o trabalhador do setor privado. Temos que corrigir essa distorção, porque são os trabalhadores que contribuem e pagam essa conta. Tem que ter meritocracia. A estabilidade é uma coisa que tem que acabar. Eu voto totalmente favorável a PEC 32, porque tem que ser por merecimento. Então nós temos que corrigir essa distância que há, onde os funcionários públicos são privilegiados. Eu sou contra privilégio. Eu abri mão dos auxílios mudança e moradia. Me aposentei agora com 69 anos de idade pelo regime geral da previdência. Eu sou contra privilégios. Temos que acabar com isso e ter mais igualdade entre os funcionários públicos e funcionários privados. Eu voto totalmente favorável e sou autor da PEC do foro privilegiado. Tem que acabar com esse privilégio. Cinquenta mil pessoas hoje são diferenciadas. Na Constituição, no artigo 5º, diz que todos nós somos iguais. Na verdade, não somos. Nós somos privilegiados. Tem que acabar com isso. Eu vou ser o senador de mãos limpas, descomprometido, com compromisso com o Santa Catarina em primeiro lugar. Então, eu vou orgulhar muito a todos os catarinenses como senador da República.
Dário Berger: Eu quero responder essa questão com muita responsabilidade. Quero buscar no Peter Drucker, que é o pai da administração moderna. Porque numa de suas frases, ele diz o seguinte: se você quiser fazer algo novo, você tem que parar de fazer algo velho. Então você tem que fazer diferente. Com o avanço da tecnologia, o Brasil necessita estar em permanente vigilância quanto às reformas a serem realizadas e feitas. Nós já fizemos uma reforma trabalhista cuja expectativa era de gerar milhões de empregos. E isso não aconteceu. Agora, evidentemente que reduzir o tamanho do Estado, reduzir o custeio da máquina pública, é um dever de todo governante. Reduzir a burocracia é uma necessidade. O Brasil é um país que tem um pé no futuro e o outro acorrentado ao passado. Temos que evoluir, crescer, inovar. Temos que fazer diferente. Temos que reformar, temos que reconstruir. Temos que colocar o Brasil nos trilhos e, evidentemente, para que isso aconteça, nós temos que ter as nossas prioridades e as prioridades é fazer com que o crescimento possa voltar a acontecer. Que o Brasil possa gerar os empregos para que tire essa nação do mapa da fome, da miséria e da desesperança que nós acabamos voltando. Isso é muito ruim. Nós temos hoje cerca de 33 milhões de pessoas passando fome. São 5 milhões de crianças desnutridas e passando fome. Esse não é o Brasil que queremos. Portanto, eu prego a mudança. A minha expectativa não é outra além de continuar apoiando as reformas para que o Brasil possa continuar crescendo e prosperando.
Jorge Seif: Eu não vou falar somente de reforma administrativa. Nós precisamos falar de reforma fiscal. Nós precisamos falar de privatizações. Um terço do PIB brasileiro hoje é para pagar o funcionalismo público e a máquina pública. Nós precisamos reduzir. Não é possível que o Brasil siga pagando o servidor público para entregar a carta e que a Petrobrás seja o monopólio estatal para capturar petróleo do fundo do mar. Nenhum país do mundo tem esse modelo. Enquanto nós não elegemos não só presidente Bolsonaro, mas pessoas comprometidas com a população brasileira, que acabe com os privilégios. Eu não tenho nada contra o funcionalismo público, mas nós temos de ter funcionários públicos nas áreas que não tem jeito como saúde, educação, segurança pública. Agora, daí pra frente, entregar tudo à iniciativa privada. Eu sou empresário. Sou produtor rural, tenho 200 colaboradores diretos e indiretos. Tenho 7 barcos de pesca e sei o quanto o peso do Estado brasileiro pesa sobre os ombros de empresários como eu. Então a nossa prioridade é Santa Catarina, o Estado que vai, mais uma vez, dar proporcionalmente a maior eleição ao presidente Bolsonaro. Não adianta eleger pessoas que chegam no Senado, chegam na Câmara e vão votar a favor de privilégios ou a favor de lobby, porque o corporativismo – eu vivi em Brasília 4 anos – eu sei como é que funciona o corporativismo. Nenhuma dessas castas que são privilegiadas querem perder benefícios. Eles querem continuar com os supersalários. Então com pessoas comprometidas com o Brasil, que sentem dores e que conhecem o que que é atividade privada, que tem empresa é que vão combater e vão fazer as reformas que o Brasil precisa.
Kennedy Nunes: Fazendo uma referência aqui ao nosso deputado Darci de Matos, que foi o relator… Como ele pagou o caro esse preço? É uma realidade que a gente precisa enfrentar. Concordo com o Seif quando fala das privatizações. Também sou defensor de estado mínimo, tem algumas coisas… A prova disso são os aeroportos, depois de privados o que aconteceu… Gente, nós tínhamos bolsa de telefone convencional. Você comprava o telefone convencional, uma linha de telefone convencional e valia o preço de um carro 1000. Nós tínhamos empresas aqui em Joinville que alugavam telefone. Depois veio a privatização e aconteceu isso que hoje nós estamos vendo. Há algumas coisas que eu não gosto de privatizar, como a água. Nós não podemos privatizar a água porque a água é essencial, entre outras coisas… Mas o serviço, esse serviço de correio. Mas eu queria falar especificamente sobre a reforma administrativa. Nós não podemos pensar sobre o próximo tema que vai ser a reforma tributária sem passar por aqui antes. Porque aqui é um peso. E ainda outra coisa, além dessa reforma administrativa, nós precisamos fazer a reforma também tributária, fiscal e a reforma política. Porque não adianta, se nós não fizermos uma reforma política, nós não alcançaremos todos esses objetivos, porque tanto as reformas administrativa, fiscal e tributária passam pela política. Da forma como está tendo esse número exagerado de partidos, essa forma como está acontecendo no Brasil hoje, ela precisa ser mudada. Mas comigo no Senado federal, vocês tenham certeza que eu estarei pronto para votar todas as reformas necessárias, inclusive a política.
Luiz Barboza: É uma das principais bandeiras do partido Novo é a simplificação das estruturas governamentais. Nós queremos simplificar, reduzir o Estado brasileiro não para enfraquecê-lo, pelo contrário, para deixá-lo forte, para que ele use a sua estrutura para a qual ele foi criado, o que é dedicar-se a segurança, saúde, educação e alguma coisa de infraestrutura, não é? Nós vivemos assim, uma estrutura governamental praticamente imperial, não é? Nós temos que trazer essa estrutura toda para o século 21, usando os recursos que nós já temos. O Brasil gasta muito e gasta mal. Os responsáveis por isso vivem numa bolha, é uma bolha irreal, é uma ficção. Eles se permitem, inclusive, a criar o fundo partidário que nós vemos aí e transforma todos esses candidatos aqui, pelo menos a maioria deles, em milionários. De um dia para outro sai da estrutura administrativa autorizações que permitem isso. E nós usamos inclusive 13% do PIB só para manter uma máquina pública enquanto aplicamos apenas 6% na educação. Tem algo errado, é um Robin Hood às avessas. Nós tiramos o dinheiro dos pobres que acabam pagando impostos para manter uma estrutura riquíssima. 1% do funcionalismo público pertence aos mais ricos da nação. Isso aí nós temos que inverter. Nós temos o segundo o parlamento mais caro do mundo, nós perdemos apenas para os Estados Unidos. Nós estamos vivendo uma ficção, senhores. Nós temos que entrar aí e falar para cada parlamentar que ele custa 5 milhões de dólares ao ano. Isso não é possível. Os senhores, nós temos que renovar, por isso que nós nos oferecemos no partido Novo como regulação e inovação. E é por isso que o Brasil engatinha no dia a dia. Nós temos que mudar o Brasil nas suas entranhas e é para isso que nós nos apresentamos.
Ivandro de Souza (suplente de Raimundo Colombo): Gente, o Brasil tem uma equação bem complexa para ser resolvida, mas eu quero ajudar a resolver e, por isso, que eu tô nessa jornada com o Raimundo Colombo em direção ao Senado. Eu não vou desistir dessa equação. Eu vou explicar para vocês como eu nunca desisti de nada na minha vida. O estado é gigante. O dono da loja de roupa por vezes não tem lucro. O empregado ganha pouco e o cliente paga caro. Tem alguma coisa errada nessa equação. E essa equação, ela começa a ser resolvida aqui pelo custo da máquina do Estado, onde cada um de nós que estamos dentro dessa sala ou fora dela carrega o Estado brasileiro como quem carrega uma bola de chumbo amarrada no pé. E essa equação principal que a gente precisa resolver no Brasil e depois vem a questão tributária. Depois vem a reforma política, que talvez seja ainda a mãe das reformas e é por isso que eu quero estar no Senado federal junto com o Raimundo Colombo levando essas pautas, que são as falas dos empreendedores que refletem em toda a sociedade brasileira. Eu vou dar um exemplo que funciona muito bem aqui na cidade, que é o caso do hospital infantil. Com um custo menor do que o Hospital São José, tem um atendimento adequado à população, mas ele está livre dessas questões do custo Brasil, porque ele tem uma administração enxuta e atende a população de qualquer forma, da mesma forma que o que o hospital São José. O que eu quero dizer com isso é o seguinte, é que quem chega no hospital, ele não está querendo saber se o atendimento é público ou é através de uma ONG, como é o hospital infantil. Então a gente tem condições de reduzir o custo Brasil também, por exemplo.
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Acompanhamos os conflitos na relação entre os Três Poderes. Quais os ajustes necessários para garantir a independência entre os Três Poderes sem prejuízos à democracia?
Celso Maldaner: Olha, a democracia é a coisa mais sagrada que nós temos no Brasil e a harmonia entre os poderes é fundamental. O poder legislativo é o poder mais importante do país. Mas cada um tem que ficar dentro da sua competência. Infelizmente hoje, é o poder judiciário tem legislado no lugar dos legisladores. Hoje nós temos uma ingerência entre os poderes que não poderia acontecer. Cada um tem que administrar dentro da sua competência e eu serei o senador da República, porque após 31 anos de vida pública e como empreendedor, como empresário, com a experiência que eu tenho, eu serei um senador que coloca em primeiro lugar Santa Catarina, os interesses da população catarinense. Com certeza, eu como senador, com mãos limpas, que não tem um processo, que nunca peguei um recurso de ninguém, lava jato, não tenho… O meu passado é um orgulho… O sobrenome Maldaner, 52 anos do mano Cacildo e eu com 31 anos. Então isso não tem dinheiro que paga. Eu vou ter autonomia para chamar o ministro do supremo lá, porque quem pode fazer impeachment de um ministro é o Senado da República. Então eu não tenho rabo preso com ninguém e com certeza vou orgulhar os catarinenses, porque vamos colocar cada ministro no seu devido lugar. Harmonia entre os poderes é fundamental para a democracia, mas tem que ser respeitado a competência de cada um. Por isso que eu sou o autor da PEC para acabar com o foro privilegiado. Onde é que se viu? Nós somos diferentes diante da Constituição e nós temos que ser todos iguais. No máximo poderia ter esse privilégio para o presidente da república, sei lá… Então é isso, nós queremos moralizar esse país.
Dário Berger: Com relação a esse assunto do conflito entre poderes, eu quero acrescentar que acho que não é exagero para ninguém que nós estamos vivendo tempos difíceis, opiniões divergentes. O país está dividido e o cenário está complexo. É uma democracia se constrói com instituições fortes. A política, gente, é diálogo, é conversa, é entendimento, é convencimento. Na marra a gente não chega a lugar nenhum. Uma democracia precisa ser respeitada, é o nosso maior patrimônio democrático que nós temos no momento. Eu sou um defensor da democracia, do estado democrático de direito, da liberdade e da justiça social. Numa democracia tem que ter pesos e contrapesos. Criminalizar a política é criminalizar a própria democracia. E a política é a arte do bem comum. A política é a arte das transformações sociais, a política é a arte de fazer o bem, e ela é a mais difícil das atividades humanas, porque ela requer muita coragem de nós para enfrentarmos o desafio que precisa ser enfrentado. Bem, para isso nós precisamos ter liberdade de opinião. Porém, a minha liberdade termina quando começa a liberdade do outro. A imprensa deve ser livre e responsável. As instituições têm que ser fortes. Legislativo, executivo, judiciário e partidos fortes. O que está acontecendo hoje no Brasil é que alguns querem que a Suprema Corte decida de acordo com os seus interesses próprios e a Suprema Corte tem que decidir com base na Constituição. Esse que é o grande problema que a gente está vivendo hoje. Portanto, enfrentar esse grande desafio é uma obrigação e um dever de todos nós.
Jorge Seif: Nós temos visto desde que o presidente Bolsonaro assumiu um ativismo judicial político-partidário. O Supremo Tribunal Federal hoje envergonha o Brasil. Interferiram em mais de 150 ações/decisões do presidente. Recentemente, a questão do aumento do piso salarial dos enfermeiros. Nós vimos há pouco tempo o empresário Luciano Hang, o (Marco Aurélio Raymundo) Morongo e outros empresários que empregam nesse país, tiveram suas casas invadidas como se bandido fossem, por uma conversa de WhatsApp. Ou seja, perdemos a nossa liberdade de expressão pelo ativismo judicial. Todos aqueles que são parceiros e partidários ao presidente Bolsonaro têm sofrido perseguições. Agora perdemos o direito à compra de arma de fogo porque o (ministro Edson) Fachin suspendeu de forma monocrática os decretos do presidente Bolsonaro. Qual é a solução para isso? Nós já tentamos, não adianta ficar vociferando, gritando “Ah, porque eu vou fazer, porque que eu sou fortão” Nada disso! O (senador Eduardo) Girão tentou fazer um requerimento, nós não temos maioria no Senado. Quando não temos maioria no Senado, não avança. Nós temos um presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um covarde do partido PSD, de outro candidato aqui nosso do estado de Santa Catarina, que nada fez, faz cara de paisagem. Então, a primeira coisa, reeleger Bolsonaro dentro das 4 linhas, ele vai indicar no próximo ano mais 2 ministros do Supremo Tribunal Federal e depois via um Senado alinhado – por isso que o presidente tem escolhido. Com o Senado fortalecido e alinhado com o presidente Bolsonaro, conseguiremos mudar essas atrocidades contra a Constituição Federal.
Kennedy Nunes: Gente, vocês já conhecem a minha história. Hoje, quando Luciano entrou ali, olhei a careca e pensei que era o Xandão. Eu pensei: não, o Xandão veio me buscar. Ele já me chamou 7 vezes na Polícia Federal. Eu não sou filho de pai assustado. Tudo aquilo que eu falo, sempre falo dentro da Constituição. Eu, quando crítico as ações de ministros da Suprema Corte, eu estou sendo o maior defensor do Supremo Tribunal Federal. Só que eu quero que eles estejam dentro da sua caixinha, que é guardião da Constituição. Eu estou há 9 meses estudando o regimento interno do Senado. Sabe porquê? Eu faço parte de um projeto nacional e quero eleger 10 senadores e se juntar aos 34 que já tenho lá apoiando o presidente Bolsonaro. Se Joinville me der a condição e os catarinenses me deram a condição de ser senador da República e for eleito, eu em novembro vou começar já um roteiro para visitar todos esses senadores eleitos. Nós vamos ter 2 munições neste projeto que eu faço parte nacional. Primeiro temos as assinaturas necessárias para o dia primeiro de fevereiro já convocar (os ministros) Fachin, Barroso e o Xandão para deporem lá e falarem sobre essas questões tristes que eles estão fazendo com a nossa Constituição. Segundo, formarmos um bloco para que o Renan não seja presidente do Senado, porque não adianta você ter 70 senadores lá, porque é, por exemplo, para abrir impeachment é prerrogativa do presidente. Um dia antes do presidente do Senado dizer se abrir ou não o impeachment do Alexandre de Moraes, o STF deu uma nota oficial gente para o seguinte: mexeu com um mexe com todos. Só um senador teve coragem de pegar o microfone e dizer que isso é frase de máfia, que foi o Esperidião. O resto ficou tudo pianinho porque devem na justiça. Quem deve na justiça tem rabo preso, não pode fazer nada contra esses abusos do STF. Por isso, basta. Chegou.
Luiz Barboza: Em que pese esses abusos que o STF comete e que veio à baila que eu também estou plenamente qualificado para lutar e fazer com que o Senado realize as suas fusões. A única vez que eu vi o Senado realizar sua função foi em 2016 que ele recusou um mandato do STF para tirar o Renan Calheiros. Aí o Senado se reuniu para deixar o Renan onde estava. Mas em respeito à pergunta do nosso arguidor, eu vou me ater à reforma tributária. O Brasil paga para pagar. É um país que está atolado em burocracias e tributos, 85% dos impostos que nós pagamos é para manter essa máquina pública paquidérmica, famérica e come as nossas vidas. São esforços, não é, de todo brasileiro. São 150 dias no ano que nós gastamos para manter essa estrutura que é um abuso diante da realidade do brasileiro. A curva de Laffer em relação aos produtores de riquezas já está arrebentada há muito tempo, porque tudo se resolve aumentando os impostos nas costas do produtor de riquezas. Isso nos dá uma saudade imensa dos quintos dos infernos quando nós pagávamos apenas 20% de tributo a coroa portuguesa. Hoje nós pagamos 40% e parece que estamos hipnotizados. Nós vivemos num mundo de ilusões e nascemos dentro dele. Achamos que isso é assim mesmo. Não é não, senhores. Nós temos o que fazer. Nós temos que fazer o que? Reduzir os encargos nas folhas de pagamento, isso é primordial. Nós temos que colocar os impostos unificados neste IVA e temos que rever também essa CLT, essa carta de trabalho que foi inspirada na carta de lavoro de Mussolini. É uma carta fascista onde coloca o empregado o empregador como inimigos e não, nós somos interdependentes. Nós precisamos um do outro. Temos que explicar isso para o Brasil todo.
Ivandro de Souza (suplente de Raimundo Colombo): Essa é uma das perguntas que nesta caminhada mais eu tenho escutado. E o STF, como é que vai ser o posicionamento? Porque o fato é o seguinte: o Brasil também tem mais essa equação para resolver. O presidente da República, foi eleito com milhões de votos dos brasileiros de forma democrática. Nós temos mais de 500 deputados federais também eleito democraticamente. Um Senado Federal eleito democraticamente e um homem só é capaz de mudar tudo aquilo que foi votado no plenário não é decidido pelo presidente da República. Essa é uma equação importante para resolver isso. É preciso experiência no Senado, é preciso determinação, é preciso pulso firme. Agora, não adianta também chegar lá que eles chegaram Mato dentro do Senado ou falando alto, porque o ambiente por mais que queiramos nós ou não, é um ambiente político. É um ambiente que precisa de coragem. É um ambiente que precisa de determinação, é um ambiente que deve ser tratado dentro das 4 linhas, como a gente escuta muito. Agora é o ambiente e que requer o diálogo, principalmente por ser a Câmara alta, principalmente por ser o Senado. Ninguém vai chegar no Senado fazendo a mudança no primeiro dia. Não existe isso. Essa é uma realidade que nós, enquanto empreendedores, enquanto eleitores, gostaríamos que acontecesse. A população quer isso. Eu tenho andado nas ruas, todos querem isso, mas a realidade é que é um ambiente político, é um ambiente de avanço e recuo. Até porque, se fosse apenas um ambiente de avanço, já teríamos resolvido muito das questões nos últimos anos e não conseguimos. Por isso, eu vou aproveitar o tempo que me resta aqui para pedir o voto de vocês para Raimundo Colombo no Senado que vai levar esse equilíbrio, que vai levar essa força de Santa Catarina e esta determinação.
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O sistema tributário precisa passar por simplificação além de redução de impostos. Esta revisão beneficiará a população e os empresários, que perdem muito tempo do cotidiano calculando impostos ao invés de administrar as empresas. Se eleito, apoiará a Reforma Tributária? Justifique a sua posição.
Celso Maldaner: A carga de impostos é excessiva no Brasil. O contribuinte brasileiro trabalhou até dia 31 de maio para contribuir com o governo, pagando impostos. Quer dizer, trabalho 5 meses por ano para pagar impostos. A alta carga tributária e a burocracia travam o crescimento do país e encarecem a vida das pessoas. Um primeiro passo já foi dado com a aprovação do Supersimples, que acabou com a sua substituição tributária. Mas é preciso ir além. No Senado, serei incansável para que façamos as mudanças que os estados e os municípios precisam. Só a reforma tributária dará mais competitividade e eficiência no Brasil. Infelizmente, hoje nós não temos competitividade da porteira para fora. Dentro da porteira nós somos deficientes, o país dá exemplo para o mundo. Por exemplo, nós lá no Oeste, somos o maior produtor de proteína animal do mundo por metro quadrado, mas não temos competitividade pela falta de estrutura. A PEC 45 já tinha sido votada na Comissão de Justiça da Câmara, que eu fiz parte e ela está pronta. A PEC 110, que juntou no Senado está pronta para ser votado. Agora é preciso o governo também querer. O Paulo Guedes segurou um pouco. Quer dizer, tem que simplificar, tem que desburocratizar, dobrar o valor do Supersimples porque hoje muita gente está deixando de crescer porque está limitado à R$ 4,8 milhões. Então eu acho que é prioridade. Simplificar, saber quanto você está pagando de imposto. Tem que ter transparência total. Então a reforma tributária vai ser uma prioridade lá no Senado, eu como senador eleito.
Dário Berger: Bem, a reforma tributária é necessária, oportuna e urgente. Nós temos 3 reformas tributárias tramitando no Congresso Nacional. Duas feitas por parlamentares, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal e uma, no final desse mandato, mandado pelo governo federal, que é uma reforminha. Ou vocês não sabem disso? O atual governo teve 4 anos para fazer a reforma tributária e não fez. E a reforma tributária é essencial, é crucial, é vital para o desenvolvimento e para o futuro do Brasil. Para quem trabalha e para quem produz. A reforma tributária, na minha opinião, deve seguir um caminho simples, rever e simplificar os impostos. Aumentar a segurança jurídica e facilitar a vida de quem produz e quem trabalha. Hoje precisamos ter um departamento jurídico maior do que um departamento contábil para desenvolver as nossas atividades empresariais. Quer dizer para vocês também que sou empresário. Nossa empresa tem mais de 5 mil trabalhadores e eu me orgulho muito de ser parlamentar, de entrar na vida pública, e ao mesmo tempo, cuidar das nossas empresas. Um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta hoje ainda, sem dúvida nenhuma, é a burocracia. Traduzida pelo excesso de leis, de normas, de regras, de instrução normativas, de portarias, de decretos, de licenças que o empresariado sabe bem do que eu estou falando. Eu imagino que os impostos devem ser progressivos. Quem tem que pagar mais é quem ganha mais. Quem ganha menos, paga menos. O que acontece no Brasil hoje é o contrário. Quem ganha menos, paga mais e quem paga menos, paga mais. Então é um negócio, uma matemática que efetivamente não fecha. Justiça social na reforma tributária.
Jorge Seif: Num ranking de 77 países – ano passado saiu esse ranking – o Brasil é o pior em ambiente de negócios, o país é o mais burocrático. Nós temos impostos federais, estaduais e municipais. Nós temos um código tributário com mais de 40 mil páginas, considerado o pior e mais complexo do mundo. A vida do contador é um inferno. Ele não sabe nem o que vai tributar o seu cliente quando pergunta o que quer pagar. Eu sou empresário e o que nós precisamos é mudar a política brasileira, mudar os políticos que lá já estiveram por muitos anos, muitos daqui tiveram várias legislaturas, e colocar pessoas que tenham comprometimento com o setor privado, que é quem emprega nesse país. Como o senhor falou anteriormente 98% dos funcionários são de pequenas e microempresas… De média como a minha, como a do Luciano, como a de muitos aqui. Então, nós precisamos eleger primeiro um presidente, reeleger um presidente que preza pela liberdade econômica. O nome dele é Jair Bolsonaro e já mostrou que inclusive pode baixar impostos como nós vimos agora da gasolina, do gás, da energia elétrica e da Telecom. Segundo, políticos que não estejam preocupados com o seu umbigo, com o projeto de poder, mas com o Brasil de amanhã. Nós precisamos ter pessoas comprometidas com a redução do estado brasileiro. Precisamos acabar com esse estado gordo, leniente, pesado e ineficiente. Isso só através da reeleição do presidente Bolsonaro e de seus verdadeiros candidatos.
Kennedy Nunes: A minha vida Joinville conhece porque sou daqui. Ela sempre foi para votar contra qualquer tipo de aumento. Votamos agora, Lima e eu, lá na Assembleia Legislativa contra muitas tentativas do governo atual de aumentar taxas e impostos. A reforma tributária, a meu ver, ela começou a ter um caminho a ser seguido depois que houve esse movimento do nosso presidente Bolsonaro, de quebrar essa questão do ICMS dos combustíveis. Nós temos uma guerra fiscal louca entre os estados. É preciso a gente trabalhar com esse pacto federativo e essa reforma. Não é possível mais a gente ficar tendo a resposta que o contador do teu sócio que responde depende na questão do pagamento de impostos. Você, numa conversa com um advogado, faz uma pergunta para ele e ele nunca responde sim. Ele diz assim: depende. Então, esse depende, são os vários caminhos. E não é só o caminho do contador para saber aonde que ele vai colocar aquele tipo de imposto, mas é o caminho também do empresário que chega no balcão e diz: me ajuda aí porque o governo só tá comendo meu dinheiro. Nós não podemos mais viver assim. É preciso fazer uma reforma. Eu sou, já há muito tempo, favorável a um imposto único, como lá nos Estados Unidos. Vai comprar e o preço tá lá prateleira. E você não pode ter só dinheiro lá do preço que está na prateleira, porque lá no caixa não passa. Tem o imposto lá para pegar. Nós temos muitos impostos. O governo precisa prejudicar menos quem produz mais. Ou seja, só não prejudicando para vocês empresários já é uma grande ajuda. Vocês todos terão de mim, nunca, um voto a favor de aumento de impostos.
Luiz Barboza: Um dos princípios básicos do Novo é diminuir o Estado, simplificar as cargas tributárias fazendo com que o empregador tenha mais liberdade de criar as riquezas para a qual ele existe, criar empregos e tudo mais. No entanto, nós temos um sócio que diz assim, o risco é seu. O lucro é meu. E, com isso, taí o empregador carregando esta canga pesada nos seus ombros ano a ano. Nós entramos em qualquer departamento de contabilidade de uma empresa e é uma imensidão de funcionários se desdobrando para entender as leis e quando eles chegam perto de nós para explicar os tributos é ameaça em cima de ameaça. Um empregador se sente um bandido porque está sempre tendo uma arma apontada na sua cabeça, querendo exaurir cada vez mais retirar cada vez mais o dinheiro que ele produz colocando para o governo e todos os riscos ficam sempre com o empregador. Governo é sócio apenas nos rubros. Com isso, então, nós temos aqueles recursos de diminuir os encargos nas folhas de pagamento, facilitando essa relação patrão e empregado, de forma que o empregado possa ser facilitado na hora de ir, por exemplo, terminar o contrato de trabalho sem aquela ameaça de pagar multas em cima de multas porque o mercado mudou e porque é necessário mudar a contingência de funcionários. Isso aí é uma carga que nós temos que tirar do empregador, porque ele atua sempre como se ele fosse o causador da necessidade de dispensar um funcionário seu. Então eu diria que esse imposto único, que seria o IVA, seria uma solução tão fácil, simples. Facilitaria tanto a vida de todos nós, e nós temos que nos lançar nessa direção. E, para isso, tem que ter mandatários comprometidos com esta inovação do país, é isso que nós precisamos.
Ivandro de Souza (suplente de Raimundo Colombo): Jonas, você sabe que faz 20 anos que a gente criou o Feirão do Imposto aqui em Joinville dentro da Acij, né? E por que que o Feirão do Omposto foi criado? Para conscientizar a população de que quem paga a conta é o CPF, é a pessoa. Então a primeira resposta a esta pergunta, eu diria assim: a discussão tributária tem que sair do campo do empresário e tem que ir para a mesa das pessoas, para que tenha efetivamente uma pressão popular em cima do Congresso Nacional, em cima das autoridades. Só assim que nós vamos conseguir os avanços, Jonas. Quando o Feirão do Imposto teve no melhor momento, foi realizado inclusive dentro do Congresso Nacional, numa sexta-feira anterior à uma ampla mobilização que nós iríamos fazer no Brasil inteiro, o governo recuou e baixou a carga tributária da cesta básica numa sexta-feira à noite. Então assim, é necessário que a discussão tributária saia da mesa do empresário e vá para a mesa do trabalhador, porque quem paga a conta lá na frente é o trabalhador. O quilo do feijão, que é servido num restaurante de luxo, tem a mesma tributação do quilo do feijão que é servido na cesta básica. Isso não faz sentido. Essa conta precisa ser alterada e nós todos temos uma responsabilidade com isso. Uma outra questão que eu também queria falar sobre a questão tributária é que não faz sentido e empreendedor estar preocupado com o quanto que ele está tirando de nota para ele não pagar mais imposto, para ele não faturar mais. Porque, por vezes, aquilo que ele vai pagar de imposto a mais come todo o lucro do mês anterior, às vezes até do semestre anterior. Então essa equação complete a todos nós, mas compete ao Senado e também a todo o Congresso Nacional, a Câmara dos deputados. E eu me sinto muito à vontade nessa pauta, porque eu estou do lado de um senador da República que pode reduzir os impostos como fez quando foi governador.
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Quais são as principais bandeiras da sua candidatura e quais suas propostas efetivas dentro das questionadas pelo Conselho das Entidades?
Celso Maldaner: Eu vou continuar, como fiz até agora, né, Eu fui o parlamentar que mais viabilizou recursos para Santa Catarina. Eu atendi mais de 90, sendo deputado federal, imagine sendo senador, atendi mais de 95% dos municípios em Santa Catarina com recursos do governo federal, inclusive Joinville. Aqui, ajudei com 3 milhões de reais para o custeio da saúde. Eu quero continuar sendo líder em trazer recursos porque infelizmente nós somos o sexto estado que mais contribui com a União e o 24º no retorno. Então há uma injustiça muito grande. Em Santa Catarina de cada R$ 100,00 volta R$ 20,00. Então nós vamos brigar pelo pacto federativo. O que está acontecendo de fato aqui em Santa Catarina agora, porque ninguém mora na União, ninguém mora nos estados, nós moramos municípios. Quer dizer, Joinville vai ganhar mais de R$ 600 milhões pelo plano 1000. Quer dizer, o dinheiro tem que chegar onde mora o cidadão. E dentro da preocupação do presidente Zeca com a impunidade, acabar com esse privilégio que nós temos. Vocês já viram alguém ser condenado no Supremo Tribunal Federal? Todos os crimes são prescritos. Não está aí o pessoal tudo solto, volta até Eduardo Cunha. Nós temos que moralizar, acabar com esse privilégio. Prisão em segunda instância. Hoje temos até ex-presidiário candidato. Isso aí tem que moralizar. Isso só acabando com esse privilégio que nós temos. Ninguém é condenado. A impunidade está aí por causa do foro privilegiado. Eu sou autor dessa PEC e vou brigar, sensibilizar os senadores para votar essa PEC que é muito importante.
Dário Berger: Com relação a esse assunto, eu imagino que o item mais importante é a pacificação. Nós temos que pacificar o país. Na forma como nós estamos divididos em conflitos existenciais nós não vamos chegar a lugar nenhum, como desejamos no curto espaço de tempo. Quanto a ser um senador, é preciso ter preparo e ter experiência. É preciso ter apreço pela democracia. Na marra ninguém vai fazer nada. Você não faz na marra nada na sua própria casa, imagina no parlamento com 513 deputados federais e com 61 senadores. Nunca na história do Senado, um senador trouxe tantos recursos para Santa Catarina e ocupou tantas funções relevantes como eu ocupei. Tenho experiência no legislativo, no executivo e na iniciativa privada. Fui prefeito de São José e prefeito de Florianópolis e fui reeleito. Eleito e reeleito, fiz 6 eleições de 6 vitórias sucessivas. E foram em 2 das 4 mais importantes cidades de Santa Catarina. Como parlamentar, fui presidente da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional e trouxe R$ 1,2 bilhão para os municípios, entre os quais o próprio município de Joinville, que recebeu recursos das nossas emendas parlamentares, e Jaraguá do Sul, só para destacar. Como presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte aprovamos o novo Fundeb e o Sistema Nacional de Educação. Como presidente da Comissão de Infraestrutura, nós, no âmbito da nossa comissão, selamos o acordo com o governo federal e o governo estadual para incrementar em R$ 465 milhões as obras da 470 e da 280.
Jorge Seif: Se tudo o que o PT propor é contra você. Não precisa nem olhar. O que o PT é a favor é contra o Brasil e é contra o empresário, é contra o produtor rural, é contra a família e contra Deus. Eu sou pró família, vida, eu sou anti-droga. Eu sou pró agro porque eu sou produtor rural. Pacto Federativo, estado de Santa Catarina, nós somos uma federação, mas hoje pagamos muito pelos estados que não se sustentam. Mas nós temos problemas aqui que só com um novo Pacto Federativo para recebermos mais recursos, a reforma administrativa é urgente. Não dá para pagar um salário de R$ 60 mil a R$ 80 mil para funcionários públicos. É um absurdo, um escárnio contra mim, contra o senhor e contra todos aqui. Reforma fiscal: imposto único é uma das minhas bandeiras. Reforma política: 30 e poucos partidos recebendo não sei quantos milhões de fundo eleitoral. Isso tem que acabar. É 2 ou 3 partidos e fim de papo. Reforma política: não dá para ter eleição de 2 em 2 anos. Vamos modificar de 4 em 4 anos ou de 5 em 5 anos. Reforma penal: o assunto que o senhor (Zeca) também tratou. Hoje, presidiário tem é motel dentro da dentro do presídio, a família dele recebe dinheiro do estado brasileiro, mas quem ele deixou viúva e órfão não têm um centavo do estado brasileiro. O crime é uma atividade econômica que dá lucro porque a nossa polícia não está equipada e as leis são brandas para a vagabundagem. Temos que endurecer o código penal. Privatização: privatizar tudo, absolutamente tudo. Redução do estado brasileiro e mudança de critério dos ministros do Supremo Tribunal Federal para não continuar essa vergonha de gente que não tem nem carteirinha da OAB lá. Então, presidente eleito com uma base forte, senador Jorge Seif e deputados fortes teremos então uma base para fazer tudo isso que são bandeiras do meu presidente Jair Messias Bolsonaro.
Kennedy Nunes: Bom, além do combate que nós vamos fazer ao Supremo Tribunal Federal, tem algumas coisas que nós vamos mudar. Quero apoiar esse projeto nacional que eu faço parte. Concordo com o suplente Ivandro, que fala que as coisas não se resolvem sozinha. É por isso que eu faço parte de um projeto nacional que tenha a condição de fazer em grupo. Nós queremos tirar as decisões monocráticas dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Não pode acontecer o que está acontecendo. Nós queremos mexer na audiência de custódia. O cara que passou lá na tua loja, que te roubou, ele vai para delegacia, a polícia sai depois dele, porque ele sai pela porta da frente e logo ele vai estar ali. Audiência de custódia só para a primeira passagem, depois cadeia. Queremos acabar com visita íntima na cadeia, com a saidinha da cadeia. Nós queremos fazer com que o cara de bem, que respeita as regras, seja valorizado. O poste está mijando no cachorro. Vocês viram o que aconteceu com aquele médico anestesista que enquanto a mulher estava dando luz, ele abusou da mulher, sedou ela 7 vezes e agora as enfermeiras que respondem a um processo, porque o código diz que gravações sem autorização judicial só servem para a defesa do acusado. Não pode acontecer isso. Não dá mais. Depois de um Congresso aprovar uma lei, depois do Senado aprovar e o presidente sancionar, o ministro tomar uma decisão monocrática. O ministro, que não tem um voto, vai lá e diz não, não paga o piso da enfermagem. Nós temos que parar de deixar o Supremo Tribunal Federal ser um puxadinho da esquerda. E temos ministros que façam aquilo que deve fazer é ficar nas 4 linhas da Constituição e não deixar as suas vontades prevalecerem. Como o ministro Barroso, que diz que não prende traficante, o Fachin proíbe a polícia de subir no morro. É hora de dar um basta nisso.
Luiz Barboza: Eu sou Luís Barbosa, número 300 do Novo e eu tenho também como mira principal fazer com que o STF se recolha as suas funções originais. Acabar com esses abusos de mandatários. Mandatários não, escalados. Não a esses funcionários de partidos que estão ali estendendo uma militância. Isso aí nós não podemos permitir. Eu tenho condições para isso porque eu não tenho nenhum passado que me comprometa, que impeça que eu não tenha liberdade para fazer as arguições foram necessárias para os membros do STF. Mas nós também temos que rever o Pacto Federativo. Santa Catarina, guardadas as proporções, é o estado que mais produz a nação. No entanto, dos 100% que ele coloca no erário público, no Tesouro da nação, somente 20% volta para o estado. Então, nós já temos os recursos para resolver os nossos problemas. Só que esse federalismo, que é uma bandeira que nós também não gostamos, não é exercido. Nós somos chamados República Federativa do Brasil, mas o estado não tem ingerência nas próprias riquezas, nós temos que propiciar com que o estado consiga direcionar o que lhe é de direito. Também temos que ver a questão da reforma política. Por exemplo, acabar com o Fundão eleitoral. Isso é uma vergonha, uma imoralidade que faz com que pessoas, candidatos, sejam urgidos e fiquem milionários do dia para a noite. Aqui mesmo nós temos candidatos que que tem R$ 2,5 milhões à sua disposição, R$ 2,2 milhões, enquanto eu tiro do meu bolso. É isso que nós temos que ensinar para a nação. Temos que ser exemplo do que nós falamos. O bandido bom é bandido preso é bandido morto, que dizem alguns, mas eu prefiro aquele bandido que nem existiu porque ele recebeu saúde, educação e segurança. Esse é o bandido que eu prefiro, aquele que não existe.
Ivandro de Souza (suplente de Raimundo Colombo): Ainda sobre a questão anterior, a tributária, eu queria só aproveitar esse tempinho para dizer o seguinte: aqui em Joinville nós temos um exemplo de alguém que luta bastante pela questão tributária, que é o nosso Miguel Abuhab, que todos conhecem. Ações assim devem ter o apoio do Senado para levar essa discussão e aí, não entra no mérito se toda a proposta dele faz sentido ou não, mas é uma proposta que nós vamos levar para um debate nacional. Eu vou me ater aqui a questão da pergunta sobre quais as bandeiras da sua candidatura. Como eu falei para vocês, eu estou muito entusiasmado com essa suplência, porque repito, essa suplência é de todos nós. É a suplência que faz a verdadeira ponte de Joinville com Brasília e a verdadeira ponte de Joinville com Florianópolis, onde a gente vai poder trabalhar nas questões da nossa cidade, da nossa região, como por exemplo, no fortalecimento do ensino técnico, que nós precisamos para nossa cidade, apoiando a Fiesc, o Senai e o Sesc nessa educação, de formação profissional para os jovens. Como por exemplo, levar efetivamente – isso foi um compromisso do nosso candidato ao governo Gean Loureiro ontem – a folha de pagamento do hospital São José para o cofre do estado, porque 100% do IPTU que todos nós pagamos aqui em Joinville é utilizado para pagar a folha de pagamento do São José. Isso não faz sentido porque falta dinheiro para o prefeito fazer as obras que a região precisa. Alguém pode estar perguntando assim, “Ivandro, você está confundindo as pautas da cidade com pautas do Senado”. É importante que todos saibam que eu estou na primeira suplência. Eu vou para a primeira suplência porque vou representar a nossa região, aquilo que a gente precisa aqui para nossa região, como foi o caso que eu citei ainda um pouquinho da nossa universidade federal, parada ali na curva do arroz.
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Se eleito, quais os seus compromissos com a comunidade de Joinville e Região?
Celso Maldaner: Previsão da aplicação do Código Florestal é uma necessidade. Nós temos a legislação mais avançada do mundo, mas, infelizmente, o Ministério público coloca a lei da mata Atlântica acima do Código Florestal. Isso não é justo. Aqui em Joinville, 185 projetos estão sendo inviabilizados em função dessa legislação. Então nós temos que melhorar, porque tem muitos milhões e milhões represados porque não podem ser aplicados. A instalação do distrito industrial aqui, com suspensão de impostos, liberdade cambial eu acho que é fundamental. A realização do Contorno Ferroviário para retirada das linhas férreas da região urbana da cidade de Joinville, Guaramirim, Jaraguá do Sul é uma reivindicação da Facisc. Quadruplicar a BR 101, como já tem um projeto estadual também para resolver essa questão. Atualizar a tabela do Supersimples e aumentar os efetivos aqui na área de segurança, eu acho que é fundamental. Eu quero aproveitar esse último minuto que me falta para dizer que eu vou resgatar a vaga que nós temos lá Brasília no Senado. A vaga que foi do nosso é a nossa em 74, quando Jackson Barreto foi Dirceu Carneiro, Nelson Wedekin, foi do Cassildo Maldaner, foi do Luiz Henrique que eu levo o seu número, 155. Elegemos o Colombo senador, o MDB elegeu, elegemos Jorginho Mello, elegemos o Paulo Bauer, elegemos o Pavan e eu vou para resgatar essa cadeira para o MDB catarinense, pelo legado, pelo orgulho que eu tenho do Luiz Henrique e o do meu irmão Cacildo. Com certeza, o povo de Santa Catarina vai votar 155, juntamente com meu suplentes Nazareno Martins, do Podemos e o nosso Edinho Bez.
Dário Berger: Eu quero aproveitar a oportunidade de registrar, ó o Celso está tirando uma comigo aqui. Olha, para ele resgatar ele precisa ganhar eleição. Aliás, todos estão querendo ganhar a eleição, que é a minha vaga. Mas eu quero dizer para vocês que meu compromisso é continuar o trabalho. É defendendo os interesses de Santa Catarina. Sou um senador municipalista. Aqui em Joinville, só para a área da saúde, eu destinei mais de R$ 2,3 milhões para o Hospital São José, para a Fundação Pró Rim e para o próprio município. Na Defesa Civil, foram mais de R$ 1 milhão. Na cultura, mais de R$ 500 mil para o balé Bolshoi. Portanto, para continuar esse trabalho, defendendo os interesses do estado de Santa Catarina e dos municípios que eu quero continuar no Senado Federal. Como os senhores sabem, eu exercia as mais importantes e mais relevantes funções no Congresso Nacional. Nunca um catarinense ocupou tantas comissões quanto eu ocupei, nem o Luís Henrique, que foi o nosso grande ídolo e certamente isso foi um fator preponderante. Então é assim, é Lula presidente, Décio o governador e Dário senador.
Jorge Seif: Conversando com as pessoas aqui na região, primeiramente eu assinei o Voz Única, que já tem bastante demanda de vocês, mas eu tenho ouvido primeiramente que hoje existem vagas aqui de empregos que não são ocupadas por falta de capacidade técnica da juventude. Nós precisamos do modelo alemão, assim como era antigamente o segundo grau, agora o ensino médio, né? Uma vez que termine o ensino médio, já inicie um ensino profissionalizante porque as indústrias metal-mecânica, têxteis, serviços, hotéis, tudo precisa de mão de obra e nós não podemos deixar esses jovens nas senão eles vão fazer besteira, vão ser mal influenciados. Então ensino técnico é uma necessidade de Joinville. Um presídio federal também é uma necessidade que vocês têm nos pedido, para tirar daqui toda essa bandidagem. Mais efetivo de policiais. Isso eu tenho conversado com o Jorginho Melo, que será o nosso próximo governador. Na questão da BR-101, tanto a Dona Francisca BR 101 a 280 são para o acesso à São Francisco, aos portos. Nós precisamos melhorar a infraestrutura do local. Nós sabemos que a região norte do estado de Santa Catarina é a mais populosa, é que mais tem demanda e quando eu falo para o senhor de pacto federativo, reforma administrativa, reforma fiscal, tudo isso impacta diretamente no orçamento do município. O prefeito aqui, Adriano, uma vez que nós consigamos evoluir com essas pautas naturalmente virão mais recursos. Vocês geram o maior PIB do estado de Santa Catarina. Não é possível que tenham necessidades tão básicas, mas tudo começa em Brasília. Quando nós temos representantes em Brasília que não estão preocupados com as empresas e não são empresários e que tem vida pública, carreira pública sem compromisso com a iniciativa privada, realmente teremos deficiências. Então peço seu voto, o senador do presidente Bolsonaro e de Joinville.
Kennedy Nunes: Eu quero agradecer o convite e a possibilidade de a gente vim aqui. Vocês sabem, não é? Eu indo para o Senado, de 2 em 2 meses, a gente vai tomar um café junto. Porque a gente sempre fez durante esses mandatos, que a gente tem que parabenizar as entidades que trazem aqui os parlamentares de Joinville. Não sei se todos sabem, nós temos uma reunião com todos os parlamentares organizada pelo Conselho das Entidades. A gente fala sobre o que tem sido feito e eles querem saber o que está sendo feito e também para cobrar o que deve fazer. Jorge, com todo o respeito, mas nós não queremos presídio federal aqui não para loja. Não queremos o caos aqui não. Nós queremos gente na cadeia, mas presídio federal aqui não. É muito simples, não é que a gente pode fazer aqui porque é um compromisso meu aqui, eu moro aqui. E nós vamos estar trazendo aqui as questões, vocês vão ter como sempre, alguém muito próximo que vai poder fazer aquilo que vocês fazem. Estava ouvindo algumas propostas de alguns candidatos aqui, alguns poderiam ser candidatos a governador, porque prometem e querem fazer coisas que é só do governo do estado. Nós estamos sendo candidatos ao Senado. O senador mexe com o Supremo Tribunal Federal. Alguns ainda com um cacoete de deputado federal. A gente tem que saber que nós temos um sistema bicameral. A vaga do Senado não constrói nada, cara. O máximo que a gente vai poder fazer é bater na mesa para vim o recurso, mas quem faz é o executivo. Então, o meu compromisso é esse, é esse combate aos abusos que a gente tem. Tem que ter experiência, coragem e não pode ter rabo preso. E isso vocês conhecem da minha vida. Mesmo que o Jorge não queira, estou pedindo voto para o presidente Bolsonaro.
Luiz Barboza: Em relação ao compromisso com o Joinville e região, na verdade, o partido Novo já está realizando, já está mostrando o que ele pode fazer por Joinville. O nosso Adriano Silva já está fazendo uma gestão técnica, é isso que o Brasil tem que aprender. Joinville é o invertido agora. Agora ele é o farol de Santa Catarina e o farol para o Brasil também, e é o que eu pretendo fazer no Senado federal começar dando exemplos. Por exemplo, em vez de ter 94 assessores, começa a enxugar essa realidade. Mostra para o o brasileiro que nós respeitamos o eleitor e respeitamos o pagador de impostos. Aqui em Joinville, por exemplo, o nosso mandatário, ele aprovou impasses de empresas que demoravam anos para chegar na aprovação final. Ele aprova em meses. Eu, por exemplo, estive numa empresa aqui que é a krona, citando o nome dela, que queria investir em Joinville, dado às dificuldades, acabou investindo lá no Ceará ou Alagoas. Pegou o dinheiro daqui, colocou distante daqui. O que nós temos que fazer, é facilitar a vida do empreendedor. O empreendedor, para o partido Novo, ele é recebido de tapete alaranjado, para realizar as coisas que ele quer fazer. Então nós temos é que respeitar o criador de riquezas e eu colocaria também aqui a minha disposição em ser o representante dessa voz. Eu sou Luiz Barbosa, sou aquele que arrumou a sua vida para entrar na política e não estou entrando na política para arrumar a minha vida. Eis o eu quero. É uma geração futura, que tenha um futuro melhor, nada mais.
Ivandro de Souza (suplente de Raimundo Colombo): Eu quero então finalizar agradecendo a oportunidade de dizer que o voto no Raimundo Colombo é um voto que ganha 2 senadores: um em Brasília e um em Joinville, onde eu estarei do lado de todos para a gente continuar a discutir as pautas aqui da região, aquelas que eu conheço tão bem por ser de Joinville, por ter sido candidato a prefeito, por ter estudado a cidade por ser um ativista das questões comuns da cidade há muitos anos. Especial, ultimamente eu tenho me dedicado a pauta da nossa Serra Dona Francisca, mas também do hospital Bethesda, da pavimentação que nós precisamos voltar a ter. Sou um defensor da simplificação tributária, não tenho clareza se o imposto único é a solução mas sei que do jeito que está não pode ficar. Nós precisamos dar continuidade, com processos de estudo, da simplificação tributária. E essa oportunidade que Joinville tem agora de levar o Joinville para o Senado, junto com o Raimundo Colombo, vai poder ampliar essa participação nas discussões em busca de soluções comuns aqui. Defendo o ensino técnico, defendo a universidade federal. Repito, falei em 3 vezes aqui hoje. É uma vergonha para nós joinvilenses ter aquele esqueleto ali na Curva do Arroz. A gente tem que buscar um destino final para aquilo, mesmo que um destino final seja que não vamos ter a universidade. Mas nós não podemos mais conviver com situações assim. Joinville tem um desafio grande pela frente, porque nós somos sim uma cidade industrializada, maravilhosa, espetacular em termos de formação de emprego, mas nós temos uma preocupação, ali depois da curva, com a questão salarial do joinvilense, nós temos que ter ações que que nos levem a melhorar também a renda das pessoas. Portanto, muito obrigado. E eu preciso pedir o voto de todos vocês para o Gean Loureiro governador e o Raimundo Colombo para senador.
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